“Espelho, espelho meu,
existe alguém mais bela que eu?”, foi a
frase dita pela rainha do conto de
fadas A branca de neve, escrito
arrogante, esnobe e vaidosa, a qual sua
preocupação excessiva com
a beleza e aparência física caracterizavam tendências
ao
narcisismo. Para a psicologia os contos infantis são importantes
para o
amadurecimento infantil a cerca de temas tão delicados
como a inveja, fetiche e
sedução. Amar-se, acreditar e cuidar de
si
é absolutamente preciso para construção da bem estar, amor
próprio, porém as
excessivas preocupações e admirações pelo próprio corpo e autoimagem podem
desencadear falha na formação da personalidade e no psiquismo de uma criança. Freud explica que, o narcisismo não seria uma
perversão, mas o complemento libidinal do egoísmo do instinto de
autoconservação. A sociedade, através da mídia, colabora no mau uso desses comportamentos
que formam o caráter dos pequeninos. Os bebês já nascem expostos. As fotos do
nascimento estão instantâneas nas redes sociais, sem nenhuma privacidade. Os
selfies tomaram de conta da adolescência e da vida de todos. E o espelho que
refletia a autoestima agora são símbolos de muitas fotos inseguras, seguidos de
frases que se autoglorificam. O que podemos fazer com a falsa manifestação de amor
pela própria imagem? E as crianças crescerão com valores saudáveis e seguras ou
fragilizadas?
Escrito por: Renato Barbato