Mercantilização da Infância

Informação e conscientização em meios digitais contra a mercantilização infantil na publicidade, no tocante a vaidade infantil.

Espelho, espelho meu?

“Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela que eu?”, foi a 
frase dita pela rainha do conto de fadas  A branca de neve, escrito
 pelos alemães irmãos Grimm  O conto relata que a rainha era 
arrogante, esnobe e vaidosa, a qual sua preocupação excessiva com 
a beleza e aparência física caracterizavam tendências ao 
narcisismo. Para a psicologia os contos infantis são importantes
 para o amadurecimento infantil a cerca de temas tão delicados 
como a inveja, fetiche e sedução.  Amar-se, acreditar e cuidar de si
 é absolutamente preciso para construção da bem estar, amor 
próprio, porém as excessivas preocupações e admirações pelo próprio corpo e autoimagem podem desencadear falha na formação da personalidade e no psiquismo de uma criança.  Freud explica que, o narcisismo não seria uma perversão, mas o complemento libidinal do egoísmo do instinto de autoconservação. A sociedade, através da mídia, colabora no mau uso desses comportamentos que formam o caráter dos pequeninos. Os bebês já nascem expostos. As fotos do nascimento estão instantâneas nas redes sociais, sem nenhuma privacidade. Os selfies tomaram de conta da adolescência e da vida de todos. E o espelho que refletia a autoestima agora são símbolos de muitas fotos inseguras, seguidos de frases que se autoglorificam. O que podemos fazer com a falsa manifestação de amor pela própria imagem? E as crianças crescerão com valores saudáveis e seguras ou fragilizadas?


Escrito por: Renato Barbato