Mercantilização da Infância

Informação e conscientização em meios digitais contra a mercantilização infantil na publicidade, no tocante a vaidade infantil.

Melissinha é alvo do CONAR em 1986

Em 1986, a grendene cria uma campanha para o público infantil com distribuição de brindes. A empresa foi inovadora por investir em calçados feitos de plástico fugindo do comum. A versão infantil chegou em 1984, com o título de Melissinha, o produto era moda entre garotas de 8 a 10 anos que sonhavam em ter a sandália.
O que temos a dizer? Uma série de atitudes não correspondem as que se esperam de um professor para com aluno. O Conar, em seu site ‘acolheu a manifestação de defesa, mas salientou que, em futura publicidade não permitam aspecto lúdico revelado pelo anúncio desborde para situações deseducativas e reprovadas. ’ Entretanto, comparando a decisão com as normas que o órgão se baseia atualmente, poderia ser diferente. Além de que as crianças contemporâneas são diferentes as de 20 anos atrás, por questões sociais, culturais e tecnológicas, dentre elas o fácil acesso aos meios de comunicação de massa como TV e internet, sofrendo maior influência destas tecnologias e copiando certos comportamentos. 
No tocante a vaidade infantil, estimular meninas a usarem maquiagens em ambiente escolar acarreta: mercantilização da infância induzida pelo mercado da beleza, imposição de consumo ao produto para as que não possuem o brinde, colocando as crianças em situações incompatíveis (já imaginou uma mocinha com o estojinho e a outra sem?); a personagem infantil se torna mais persuasiva pelos meios de comunicação que pela educação formal; A maquiagem sempre fez parte do universo feminino adulto, mas estimulo em excesso a vontade da menina de torna-se uma mulher, racionaliza valores estéticos e ocasiona riscos à saúde (problemas de pele, alergias, bronquites, dermatites) além de perder a pureza e simplicidade, tornando-as adultas superficiais.



Escrito por: Renato Barbato