Mercantilização da Infância

Informação e conscientização em meios digitais contra a mercantilização infantil na publicidade, no tocante a vaidade infantil.

Vaidade infantil: A beleza superficial

A sociedade contemporânea é marcada pelo culto a beleza (cabelo liso, corpo magro, olhos claros, uso de roupas de marca), recorrente a forte influência da mídia em massa e do capitalismo, que para o aumento do consumo de produtos, prega que é preciso ter para ser. Dessa maneira, os meios de comunicação, repassam ao público os valores que o buscam e a publicidade seduz com suas artimanhas estratégicas, levando emoção às nossas falsas necessidades, através de um caráter persuasivo e conotação ambíguas nas mensagens embutidas. Segundo a pesquisa IBOPE (2007), as crianças do Brasil de classe ABC passam em média 4h50m11s frente à TV, dados que revelam a infância como convidada a participar do mundo consumista. Mercantilizar a criança tem uma grande motivação, tendo em vista a ingenuidade e falta discernimento crítico da idade, além de ser o momento de formação moral, intelectual e fisiológico dos pequeninos. Quando a publicidade une esses fatos e apela para a venda, através de campanhas nocivas ao público infantil, desabrocham impactos na sua personalidade, desejos, sentimentos, desenvolvimento físico e psicológico além de consequências lastimáveis a criança, a citar: vaidade infantil que ao extrapolar limites estimula a criança a ser admirada, encoraja o egoísmo, o narcisismo, o erotismo. O conforto de roupas da moda passa longe do bem-estar da criança que por ora é sensualizada com a vestimenta. As maquiagens e cosméticos, um procedimento para mulheres adultas, frequentemente são usados em crianças afetando a saúde da pele por conter substâncias prejudiciais, ou até nos concursos de beleza infantis que servem para revelar a beleza, acaba produzindo o efeito contrário. As meninas são transformadas em minis-adultas pela ditadura de um padrão de beleza. Os problemas podem ser evitados a partir dos pais que devem observar cada etapa da vida de seus filhos e buscar a linha tênue da beleza estética e do que realmente precisa ser valorizado na vida. E a publicidade, considerando sua fatia como impulsionador de decisão, ser delicada nas campanhas destinadas a criança, preocupando-se não só com a venda mercadológica, mas com o bem a ser feito a sociedade.



Escrito por: Renato Barbato