Mercantilização da Infância

Informação e conscientização em meios digitais contra a mercantilização infantil na publicidade, no tocante a vaidade infantil.

Conscientize-se

Último dia da II mostra científica e me sinto realizado! 
Venho fazer mais um apelo a cada pessoa que lê esse blog.. Protejam seus filhos, parentes, filhos de amigos e toda criança que seja mercantilizada de forma abusiva! Desperte em você um cidadão consciente porque nenhuma criança nasce sabendo algo, mas nós, somos os responsáveis pela formação moral destes pequeninos!

Obrigado d-coração a todos que colaboraram com esse Job! E pretendo continuar produzindo material aqui..

Seguem algumas fotos retiradas da internet, que ficam de reflexão =))

















DIGA NÃO A VAIDADE INFANTIL.



Se embelezar é muito comum no meio das meninas de hoje em dia. Quem nunca quis usar um salto alto da mãe ou experimentar maquiagens e esmaltes? Essas brincadeiras fazem parte do universo de toda menina, mas até que ponto é saudável?
Campanha institucional de conscientização a vaidade infantil. Peça para outdoor 9x3. 


Criado por: Renato Barbato

Narciso e sua aparência

Diz a lenda que, Narciso era um jovem de extrema beleza e, ao ver sua imagem projetada no lago, apaixonou-se por si mesmo. Ficou tão extasiado com seu reflexo que, inclinado sobre sua própria imagem, deixa-se morrer. Narcisismo relaciona-se com a vaidade quando entendido como uma atitude psicológica semelhante à de Narciso, que se deixou morrer, admirando sua imagem, evidenciando a manifestação do grande amor por si mesmo.
Um artigo desenvolvido por Reggiane Aparecida Nascimento e Mafalda Luzia Coelho Madeira da Cruz sobre o narcisismo e a vaidade infantil, explica quais as consequências da preocupação excessiva com a aparência na infância . Ajude as crianças a encontrar a linha tênue entre preocupação com a beleza e autoestima valorizada!





Escrito por: Renato Barbato

Melissinha é alvo do CONAR em 1986

Em 1986, a grendene cria uma campanha para o público infantil com distribuição de brindes. A empresa foi inovadora por investir em calçados feitos de plástico fugindo do comum. A versão infantil chegou em 1984, com o título de Melissinha, o produto era moda entre garotas de 8 a 10 anos que sonhavam em ter a sandália.
O que temos a dizer? Uma série de atitudes não correspondem as que se esperam de um professor para com aluno. O Conar, em seu site ‘acolheu a manifestação de defesa, mas salientou que, em futura publicidade não permitam aspecto lúdico revelado pelo anúncio desborde para situações deseducativas e reprovadas. ’ Entretanto, comparando a decisão com as normas que o órgão se baseia atualmente, poderia ser diferente. Além de que as crianças contemporâneas são diferentes as de 20 anos atrás, por questões sociais, culturais e tecnológicas, dentre elas o fácil acesso aos meios de comunicação de massa como TV e internet, sofrendo maior influência destas tecnologias e copiando certos comportamentos. 
No tocante a vaidade infantil, estimular meninas a usarem maquiagens em ambiente escolar acarreta: mercantilização da infância induzida pelo mercado da beleza, imposição de consumo ao produto para as que não possuem o brinde, colocando as crianças em situações incompatíveis (já imaginou uma mocinha com o estojinho e a outra sem?); a personagem infantil se torna mais persuasiva pelos meios de comunicação que pela educação formal; A maquiagem sempre fez parte do universo feminino adulto, mas estimulo em excesso a vontade da menina de torna-se uma mulher, racionaliza valores estéticos e ocasiona riscos à saúde (problemas de pele, alergias, bronquites, dermatites) além de perder a pureza e simplicidade, tornando-as adultas superficiais.



Escrito por: Renato Barbato



Vaidade infantil: A beleza superficial

A sociedade contemporânea é marcada pelo culto a beleza (cabelo liso, corpo magro, olhos claros, uso de roupas de marca), recorrente a forte influência da mídia em massa e do capitalismo, que para o aumento do consumo de produtos, prega que é preciso ter para ser. Dessa maneira, os meios de comunicação, repassam ao público os valores que o buscam e a publicidade seduz com suas artimanhas estratégicas, levando emoção às nossas falsas necessidades, através de um caráter persuasivo e conotação ambíguas nas mensagens embutidas. Segundo a pesquisa IBOPE (2007), as crianças do Brasil de classe ABC passam em média 4h50m11s frente à TV, dados que revelam a infância como convidada a participar do mundo consumista. Mercantilizar a criança tem uma grande motivação, tendo em vista a ingenuidade e falta discernimento crítico da idade, além de ser o momento de formação moral, intelectual e fisiológico dos pequeninos. Quando a publicidade une esses fatos e apela para a venda, através de campanhas nocivas ao público infantil, desabrocham impactos na sua personalidade, desejos, sentimentos, desenvolvimento físico e psicológico além de consequências lastimáveis a criança, a citar: vaidade infantil que ao extrapolar limites estimula a criança a ser admirada, encoraja o egoísmo, o narcisismo, o erotismo. O conforto de roupas da moda passa longe do bem-estar da criança que por ora é sensualizada com a vestimenta. As maquiagens e cosméticos, um procedimento para mulheres adultas, frequentemente são usados em crianças afetando a saúde da pele por conter substâncias prejudiciais, ou até nos concursos de beleza infantis que servem para revelar a beleza, acaba produzindo o efeito contrário. As meninas são transformadas em minis-adultas pela ditadura de um padrão de beleza. Os problemas podem ser evitados a partir dos pais que devem observar cada etapa da vida de seus filhos e buscar a linha tênue da beleza estética e do que realmente precisa ser valorizado na vida. E a publicidade, considerando sua fatia como impulsionador de decisão, ser delicada nas campanhas destinadas a criança, preocupando-se não só com a venda mercadológica, mas com o bem a ser feito a sociedade.



Escrito por: Renato Barbato

Campanha Use e se Lambuze

Criada pela agência de publicidade OpusMúltipla Comunicação Integrada, a publicidade mídia externa (outdoor) use e se lambuze da marca Lilica Ripilica, foi exibida em 2008. Lançando a coleção inspirada no chá inglês, a coleção chamada Tea Time causou espasmo no público.
Em uma leitura ocidental, a foto em questão trás uma menina de aproximadamente 6 anos disposta no sofá, mais especificamente um divã. Todo o seu figurino são roupas e acessórios da loja: blusa, saia, lenço, colete, sapatos e meias tons magenta e branco. Com olhar fixo na câmara, a criança segura na sua mão esquerda uma guloseima, tem parte do rosto melecado aparentemente de açúcar do doce e um meio-sorriso nos lábios. A arte gráfica é ornada com temas florais e no centro ótico é marcado pelo slogan da campanha “Use e se Lambuze”. A imagem finaliza com a marca.
O sentido ambíguo e a adultização da menina são nítidos na campanha. A expressão facial e o sorriso lascivo, emprego das palavras, pose típica de campanhas adultas com teor sensual, e o contexto geral do cenário (iluminação, objetos de cena e objetiva utlilizada) induz a um mundo sério contrário a alegria da infância. Segundo o site Projeto Criança e consumo através de denuncia, a Marisol, disse que “se aproveitou da vulnerabilidade infantil, a empresa procura estimular comportamentos destoantes com o universo infantil e até mesmo nocivo à proteção integral e especial garantida pelo ordenamento pátrio”. As crianças não percebem a manipulação diante delas, e a própria marca tem um histórico de comunicação e publicidades abusivas atraindo ingenuamente o público infantil.
Lilica Ripilica vende peças de roupas e acessórios destinada classe A, cada peça em media por R$ 189,90. De acordo com a própria Marisol, a Lilica Ripilica é voltada para o seguinte segmento:
“A menina Lilica Ripilica sabe o que quer, pois é moderna, autêntica e sofisticada. Ela é diferente e tem estilo, sem perder a inocência e a delicadeza do mundo infantil. Tem atitude, é despojada e gosta de se manter informada sobre as tendências da próxima estação."

 Além de causar uma imagem na mente do consumidor, a marca é capaz de forma intangível causar sensações, experiências e percepções diferentes sejam pelo âmbito social, cultural ou aquisitivo. Esses efeitos afetam diretamente a personalidade da criança, despertando a escolha de produtos de “marcas” ou mais caro (ficam mais intensos quando ligados a personagens fictícios), a frequentar salões de beleza e preferência por compra de brinquedos e roupas que outros objetos mais úteis, tornando-as inconsequentes e distorcidas do valor de sociedade coletiva. 


Escrito por: Renato Barbato